Este blog mudou de endereço!

Você será redirecionado dentro de 6 segundos para o novo endereço em
http://www.podcats.com.br
- por favor atualize o seu favoritos. Obrigado.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Sem motivos...

As vezes me perguntam se eu estou desmotivado....

desmotivado.... sem motivos....

não sei se certo é o espírita que acha que estamos aqui pra melhorar e enfrentar desafios, mas isso realmente cansa e enche o saco

estou desmotivado, estou sem motivos

não sei até quando vai ser assim, na verdade eu não sei desde quando está sendo assim... algumas coisas que aconteceram, algumas porradas que tomei na vida não serviram pra fortalecer e sim para derrubar...

e chego a conclusão que muitos momentos de alegria foram uma grande mentira

segunda-feira, 30 de julho de 2007

O último segundo...

O que você faria se soubesse que é seu último dia?
O que você faria se soubesse que este é o último minuto?
O que você faria se só restasse um segundo?

Que pessoas você iria procurar?
Quem iria abraçar?
Com quem gastaria os últimos momentos de sua vida?
Quais as lembranças que teria? Elas valeriam a pena?

Você faria tudo novamente?

E quem sentirá sua falta? Quem sentirá sua falta?

Por que é isso que somos... nós somos as pessoas que sentem a nossa falta...

se ninguém se importar, você irá desaparecer... em carne, osso e memórias.

Talvez agora você pense em gastar seus últimos... seu último segundo... com quem se importa com você

Talvez você pense, agora, em gastar seus primeiros... seu primeiro segundo... com quem se importa com você

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cifras para telefone

Minha inutilidade está ultrapassando os limites saudáveis...

Músicas cifradas para telefone, tire o seu do gancho!


1 1 3 3 3 3 3 3 2 3 6
Se você está feliz, bata palmas! (palmas)

1 1 6 6 6 6 6 6 3 6 9
Se você está feliz, bata palmas! (palmas)

9 9 # # # # 1 1 # #
Quando a gente é feliz

6 6 6 3 2 2 6 6 3 3 3 3 2 2 1 3
Bate palma e pede bis. Se você está feliz, bata palmas!


Calling....
calling....

stuck on the road,
frozen by fear,

breathing cold air,
feeling my head

look to mirror
ask who you are
think what you do

the last exam
the last chance
you fail

you are lost
you are down
nobody knows you
shadow, this is how I remember you

in my views
you're the same...
a lost man
a frozen guy

perhaps...

this is what I really am
that's not your fault
I'm that person in the mirror

I don't see anymore
I don't wanna see anymore
this is reality
MIRROR... IS REALITY!

Para a audiência rotativa

troque de canal!

Momento fossa: eu-lírico masculino

Quando vejo os olhos dela  olhando nos meus
percebo que ela lê meus pensamentos
então, fecho os olhos achando que poderia me esconder

desassociar para não ter de perder a cabeça
esta situação me dá uma agitação
se ela me cortasse da vida dela, seria uma amputação?



eu não sei se me importo
o babaca sou eu, a vida não é justa
brigamos o tempo todo
isso não é certo
ela não me ama, não me ama
você está entendendo que não vou fazer concessões?
ela não me ama não me ama

durante cinco anos,
derramei muitas lágrimas
tomei minhas cervejas e fui perdendo o medo
e até hoje ela me procura é triste,
mas, às vezes, ela diz que não me ama
mas eu hesito em dizer a ela que odeio
este relacionamento, eu queria namorar está tudo
terminado
a vida não é justa
o babaca sou eu
linha por linha, rima por rima
às vezes, brigamos o tempo todo
a relação está ruim
isso está me fazendo mal
isso é burrice
na real, você sente
o que eu sinto? qual é a sua, garota?
estamos destruindo o mundo um do outro
devíamos viver em harmonia, homem e mulher
foi o que prometemos
há muito tempo
quando dissemos que não seria assim
acho que devemos conversar
e não tem problema se a gente gritar
a vida não é justa
a vida não é justa
a vida não é justa
o babaca sou eu
a vida não é justa
Ela não me ama
Não me ama



Papa Roach: She loves me not

domingo, 22 de julho de 2007

a propósito....

as vezes eu pareço meio frio e calculista, e que apesar de ficar a maior parte do tempo ouvindo em vez de falar, mas existe um processo rolando...só demora um pouco

Somos covardes!

Acho que já deu pra perceber, mas caso não tenha te ocorrido... o que são movimentos peristálticos??

A resposta, tah aki, ali em cima, no título da bagacera toda...

" diz-se das contracções próprias das fibras musculares do estômago e do intestino, para impelirem, até à expulsão, as substâncias não assimiladas pelo organismo"

e com essas e outras eu acabei chegando a conclusão que nós somos covardes. Pense na beleza da coisa! Não, não eh isso que quero dizer!


Impelir, até à expulsão, as substâncias não assimiladas pelo organismo!


Quantas vezes você fez isso com seus pensamentos? Quantas vezes você se expôs? Quantas vezes você se omitiu?

O mundo dentro de nós é seguro e confortável, nele temos nossas idéias, inventamos nossas desculpas, as teorias e tudo fica bem. E quanto nos seguramos para manter esse mundo perfeito?


É muito difícil, no mínimo impossível viver em dois mundos! Mais difícil ainda é saber que a melhor das realidades pode ser a que não existe. (estranho neh?)


Eu não vou ficar com todo aquele bla bla bla de viver a vida intensamente e carpe diem pra lá e pra cá, mas não devemos preservar mais nenhum sentimento, nenhuma angústia.

Isso passa pelo ponto de ser um pouco, ou cada vez mais, egoista... mas também de emitir as opiniões e agir livremente, pagar e fazer com que os outros paguem as conseqüências.

Nosso organismo, a parte automática, é muito mais corajosa e respeitável que o ser pensante que o governa! Muito mais egoista, fica com as coisas boas e joga fora as ruins...cada célula encara o processo em uma jornada solitária, pensando em si mesma... e todo o sistema funciona.

Nossas vidas não funcionam como o sistema.... porque não somos egoistas, porque não somos sinceros, porque nos preocupamos muito mais com o outro do que conosco, e principalmente por que esta é uma tarefa difícil, e nunca confortável.

Impelir, até à expulsão, as substâncias não assimiladas pelo organismo!

Não viva em conflito consigo mesmo... eu não o farei mais!








ahhh.... a próxima vai ser do Simple Plain!!

Momento fossa: eu-lírico feminino




Portishead - Glory Box



Estou tão cansada de brincar
Brincar com esse arco e flecha
Vou dar meu coração embora
Deixar para outras garotas brincarem
Eu fui uma tentação por muito tempo

[refrão]
Me dê uma razão para amar voce
Me dê uma razão para ser uma mulher
Eu quero apenas ser uma mulher

A partir de agora desacorrentada
Todos nós estamos procurando uma imagem diferente
Através desta nova moldura da mente
Milhares de flores poderiam florescer
Sai de perto e nos dê um pouco de espaço

Então não pare de ser um homem
Apenas dê uma olhadinha de fora quando voce puder
Mostre um pouco de ternura
Não importa se voce chorar

Eu só quero ser uma mulher
Isso é tudo que quero ser, uma mulher
Este é o começo de todo o sempre.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tinha tudo pra ser melhor

Tinha tudo pra ser melhor, tinha tudo pra ser "o dia"... e foi uma bosta!

terça-feira, 17 de julho de 2007

Quém é você??



  • Por Pedro J. Bondaczuk

  • O ser humano, individualmente, é um dos animais mais frágeis e desprotegidos, no aspecto físico, entre todos os que existem na natureza. Conta, é verdade, com instintos básicos, de preservação da vida, de perpetuação da espécie e outros tantos, que se desenvolvem, todavia, apenas com um par de anos após seu nascimento. Todos precisamos de alguém, por algum motivo, em todos os estágios da nossa vida, para sobrevivermos.



    Nossos sentidos são muito mais frágeis do que os da maioria (para não dizer, totalidade) dos animais. Um cavalo, um bezerro, um leão etc., por exemplo, conseguem ficar de pé, por seus próprios meios, alguns minutos após o nascimento. E dão os primeiros passos logo a seguir, acompanhando a mãe. E nós?

    Um bebê precisa de cerca de dois meses somente para se virar de lado, por seus próprios meios, no berço. E assim mesmo é preciso que se fique atento para impedir que ele sufoque. Senta-se aos quatro ou cinco meses e, só a partir daí, começa a engatinhar. Dá os primeiros e vacilantes passos, com o amparo dos pais, entre dez meses e um ano. Se nesse período fosse deixado sozinho, por sua conta e risco... certamente não sobreviveria.



  • Precisa ser ensinado de tudo, desde comer, a falar; desde como se livrar dos pequenos e grandes perigos, até sobre noções elementares, como o próximo, a família, a escola, a sociedade e o País. É um processo lento, vagaroso, de longo prazo, que exige completa atenção, paciência e amparo dos pais. Portanto, tem dependência absoluta de semelhantes que já se tenham desenvolvido.

    Mesmo depois de adulto, o ser humano dificilmente sobreviveria sem a companhia de outros indivíduos da espécie. Precisa, pois, associar-se, pois ninguém é dotado de todos os talentos, de todas as habilidades e de todas as potencialidades que garantam a satisfação de suas necessidades (materiais e espirituais) e, por extensão, sua sobrevivência.

    Em qualquer aspecto que se encare, quer físico, quer psicológico, quer emocional, pessoa algum sobreviveria se tivesse que se virar sozinha, só, por sua conta e risco. Santo Tomás de Aquino enquadrou os solitários (e ninguém o é por completo, frise-se) em três categorias: “excellentia naturae”, “corruptio naturae” e “mala fortuna”.

    No primeiro caso, estariam os que optam livremente por um retiro, pelo isolamento, pelo afastamento da sociedade para meditação, livrando-se dos desejos materiais para se dedicar às coisas do espírito. Os segundos, seriam aqueles indivíduos tão corrompidos e daninhos, que precisariam ser banidos, para não ameaçar e nem prejudicar os outros. E os terceiros, seriam frutos da má sorte, com capacidade insuficiente para conquistar seu espaço no contexto social e que cairiam na indigência e, por isso, optariam (ou seriam forçados pelas circunstâncias) pelo isolamento.

    A vida em sociedade, no entanto (e pensamos numa que seja ideal, justa e solidária, e não na real, nesta que aí está), inibe, quando não sufoca, a individualidade. Os interesses coletivos, que teoricamente ganham prevalência, não raro se chocam com os individuais. Apesar dos grupos haverem instituído regras, preceitos e leis reguladoras, a tão apregoada (e pouco praticada) igualdade de direitos e deveres, constante em todas as Constituições do mundo, é meramente retórica e há muito não passa de utopia.

    Somos frutos da educação que recebemos, cujas diretrizes são determinadas pelos detentores do poder. Infelizmente, quer no lar, quer na escola, quer na sociedade, não somos educados para desenvolver e exercer plenamente nossas potencialidades, físicas, mentais e espirituais, mas meramente “adestrados” para determinadas tarefas que uma entidade abstrata, chamada Estado, nos determina.

    Mesmo que não venhamos a nos dar conta, somos despersonalizados. Poucos se importam com nossas sensações e emoções pessoais, com nossas carências ou necessidades, e muito menos se sentimos fome, sede, dor, saudade, alegria, tristezas, iras etc. Somos tratados como ferramentas utilitárias de produção de bens e serviços, que podem ser descartadas a qualquer momento, tão logo percam a utilidade ou reduzam a produtividade ou quando os poderosos de plantão assim decidam.

    Adam Smith alertou, no livro “A Riqueza das Nações”, que “nenhuma sociedade pode ser florescente e feliz se a grande maioria de seus membros for pobre ou miserável”. Poucas, todavia, pouquíssimas (diria, nenhuma), atingem esse grau de excelência. E mesmo as que conseguem se aproximar desse estágio ideal, contam com imensos contingentes de miseráveis, sem lugar para morar, sem roupa adequada para se aquecer, sem alimentos fartos e nutritivos para assegurar a saúde e a força etc.

    Embora informalmente, os homens se dividem em castas. Há uma minoria que nada faz e tudo tem, em detrimento de uma imensa maioria, que tudo produz e, contudo, tem que se contentar com meras migalhas do produto do seu trabalho. Impera, na verdade, no mundo, a lei da selva, a do mais forte (e não necessariamente no aspecto físico).

    Teoricamente, ao nascermos, todos firmamos um pacto tácito, tendo por procuradores os nossos pais, em que abrimos mão de parcela de nossos direitos individuais, em favor do coletivo. Na teoria isso até que soa bem. Mas na prática...Funciona? Claro que não!

    Urge, caso se queira, de fato, fazer justiça (e esse suposto desejo, por enquanto, se limita só a palavras) que a maioria dos pretensos “sócios” (todos nós, sem exceção e nem distinção de sexo, raça, religião, posição social ou crença política) seja, de fato e de direito, integrada à “sociedade”, e tratada como tal, conquistando cidadania plena, pois este é o único caminho real para o desenvolvimento e até para a sobrevivência do que se convencionou chamar de civilização. Pôr isso em prática, todavia, é que são elas. Será que um dia o homem conseguirá?

No globo reporter desta noite...

Mais avião!! E a crise aérea e os cacete a quatro...

Exercício de revisão do seu EU

Pegue seus CDs velhos, coloque no som, aperte o play e pronto....

domingo, 15 de julho de 2007

Big City Life

(Mattafix) - Link: http://www.youtube.com/watch?v=_AbHYydp_M8

Big City Life,
Me try fi get by,
Pressure nah ease up no matter how hard me try.
Big City Life,
Here my heart have no base,
And right now Babylon de pon me case.

People in a show,
All lined in a row.
We just push on by,
Its funny,
How hard we try.

Take a moment to relax.
Before you do anything rash.

Don’t you wanna know me?,
Be a friend of mine.
I’ll share some wisdom with you.
Don’t you ever get lonely,
From time to time
Don’t let the system get you down

[Chorus]

Soon our work is done,
All of us one by one.
Still we live our lives,
As if all this stuff survives.

I take a moment to relax,
Before I do anything rash.

[Bridge]
The Linguist across the seas and the oceans,
A permanent Itinerant is what I've chosen.
I find myself in Big City prison, arisen from the vision of man kind.
Designed, to keep me discreetly neatly in the corner,
You’ll find me with the flora and the fauna and the hardship.
Back a yard is where my heart is still I find it hard to depart this Big City Life.

sábado, 14 de julho de 2007




"Eu me machuquei hoje
Para ver se eu ainda sinto
Eu me concentro na dor
É a única coisa real
A agulha chora um buraco
O velho furo familiar
Tenta eliminar todo o resto
Mas eu lembro de tudo

O que eu me tornei?
Meu doce amigo
Todos que eu conheço
Vão embora no final

Você poderia ter tudo
Meu reino de sujeira
Eu deixarei você para baixo
Eu farei você se ferir

Eu uso essa coroa de merda
Na minha cadeira de mentiroso
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não posso concertar
Debaixo das manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Você é outra pessoa
Eu ainda estou aqui

O que eu me tornei?
Meu doce amigo
Todos que eu conheço
Vão embora no final

Você poderia ter tudo
Meu reino de sujeira
Eu deixarei você para baixo
Eu farei você se ferir

Se eu pudesse recomeçar
Um milhão de milhas de distância
Eu continuaria eu mesmo
Eu acharia um caminho"

Só, sozinho e solitário II

Eu sou só...

Estás vendo este cão?
Estou, como ele, sozinho
na minha solidão.
Mas ele ainda tem sol,
que o aquece e o ilumina,
dando-lhe a sombra
como uma companheira.
E eu, no meu sozinho,
nem isso tenho,
pois os meus dias são sem sol,
são frios, são nublados,
e as minhas noites,
sem lua e sem estrelas,
me envolvem na sua fria escuridão.
Eu sou só... nem a minha sombra tenho.

Danillo V.B. Silva

Só, sozinho e solitário I

Cresce o coro dos descontentes, de pessoas queixando-se
da solidão. Esquecem que esta é uma condição primária
do ser humano e que, ainda assim, é possível ser feliz

A idéia que a maioria das pessoas faz da solidão é de um sentimento doloroso que nos acomete em determinados momentos. Aquela sensação de mal-estar que nos invade na sexta-feira à noite ou no domingo à tarde quando estamos sozinhos em casa, sem programa. Ou é o estado em que um amigo se encontra porque está passando por um período difícil, depois de uma separação.
Na verdade, a solidão é uma condição imanente ao homem, faz parte da vida. Só que, em certos momentos, a percebemos mais agudamente e não sabemos como lidar com ela. A solidão parece estar longe quando mantemos um relacionamento muito estreito, muito íntimo, com alguém que amamos, com quem temos bastante afinidade e pontos de contato. Ou durante uma relação sexual, em que dois são um e sentimos que é possível uma união total. Mas, cedo ou tarde, chega a hora de encarar a conclusão inevitável: cada um é um.
Muitas vezes nos percebemos como parte de um todo – de uma família, de um grupo de amigos, de uma comunidade. Mas chegará o ponto em que tomaremos consciência de que a realização pessoal depende das próprias possibilidades. Em suma, por mais que se viva junto de quem se ama, por mais que se interaja socialmente, não será possível evitar, lá no fundo, a certeza de ser só.
Entender o que é um ser ajuda a compreender a solidão. Ser é tudo aquilo que tem vida. Ao contrário de um objeto inanimado, o homem tem consciência desse ser. Uma pedra pode sofrer solidão? Não pode, porque não tem consciência de que existe outra pedra.
Com o outro ou em grupo, procuramos suprir as carências e a necessidade de nos sentirmos amados, desejados. Mas por estarmos com o outro ou com outros não deixamos de ser fundamentalmente sós. Às vezes nos perguntamos como a solidão nos apanhou. O que aconteceu foi que, nessas circunstâncias, entramos em confronto com a solidão. Não que ela não tenha existido pela manhã, no escritório, ou na véspera, numa festa. Sempre esteve ali. O curioso é que as pessoas que se queixam de viver muito sós falam como se fosse um problema pessoal, e não uma característica de todos nós. Só quando o outro nos vê e nos reconhece, sentimos amenizar o peso da solidão, em função da convivência e da integração.
Uma criança pode brincar numa sala enquanto a mãe, no outro canto, faz tricô. Cada uma nas suas tarefas, concentrada nas suas coisas. Mas se a mãe sai, a criança inquieta-se, quer que ela volte, segue-a, precisa dela para lhe aliviar o peso da solidão. O mesmo acontece já com o bebê. Mesmo alimentado, limpo, confortável, ao ficar sozinho, chora, quer a interação com outras pessoas, não agüenta a solidão. O próprio adulto com freqüência não agüenta o peso da solidão. Há momentos em que se torna premente procurar o outro, mesmo que o outro seja representado por uma voz desconhecida ao telefone, por uma carta, uma lembrança...
Quem é que não sentiu essa espécie de vazio alguma vez, sozinho em casa? A televisão não distrai, a música, em vez de consolar, lembra situações em que havia pessoas queridas por perto, torna-se impossível concentrar-se na leitura de um livro. Mas basta telefonar para alguém e falar uns minutos para que mude esse panorama sombrio.

Última opção – Se a solidão se transforma num processo contínuo e doloroso, pode mesmo culminar em suicídio, um ato de desespero quando não se vê nenhuma outra saída para uma situação insuportável. Então, a morte apresenta-se como única alternativa para o sofrimento, para a sensação de não agüentar o peso da própria vida e da condição humana. No suicídio, em geral, entram muitas variáveis, desde problemas pessoais, conjugais, com os filhos, até o desemprego e outras situações provocadas pelas oscilações sociais. Mas a solidão é uma causa sempre presente.
Aparentemente, algumas pessoas convivem sempre muito bem com a solidão. Mas, também neste caso, as aparências podem enganar. Como uma mulher cujo marido não se cansava de cobri-la de carinho e atenção e, para surpresa de todos, antes de suicidar-se, deixou um bilhete dizendo que não agüentava mais a solidão. Ou os muitos religiosos que, segundo se costuma pensar, vivem só e muito felizes, quando nem sempre é assim. Há pouco tempo, ao entrar em contato com os membros de uma ordem religiosa, ouvi um padre descrevendo como se sentia aos domingos. Depois de rezar a missa para a comunidade e receber cumprimentos e elogios, toda a gente ia embora. E ele? Ia almoçar, também, mas sozinho.
No outro extremo, posso citar o exemplo de alguém no auge da popularidade, do sucesso, com uma intensa atuação social. A cantora Janis Joplin dizia que, quando cantava no palco, tinha a impressão de estar fazendo amor com os milhares de espectadores da platéia. Só que o show acabava e ela ia dormir sozinha. Não era um problema só dela, mas algo que diz respeito à condição humana. Chega sempre o momento de ir dormir sozinho, de ficar cara a cara com o próprio sofrimento, a própria angústia, a própria ansiedade.
Entrar em contato com a solidão não é fácil. Mas após compreendê-la, ao constatar que cada um é único, com sua própria história, percurso, biografia, sua maneira pessoal de procurar sentido para a sua vida, também se percebe estar aí a grandeza e a beleza da condição humana.
Há momentos em que as perspectivas da condição humana se perdem e o sofrimento vence. São períodos críticos, de perdas reais ou aparentes. Um exemplo comum é a terceira idade, em que se deixa de contar com muitos papéis e atividades.

Ressaca moral – Nem sempre são felizes ou bem-sucedidas as tentativas de aliviar a solidão a qualquer custo. Hoje, muitas pessoas dispostas a procurar companhia encontram alguém num bar, saem, conversam e vão fazer amor. E depois? E a ressaca moral que isso deixa? Se essa pessoa tiver alguma lucidez perceberá que, para suprir uma carência, procurou alguém que não tinha nada a ver consigo. Resultado: uma carência ainda mais sentida, a sensação de solidão crescendo e o vazio à volta ficando maior. Ela pode justificar-se argumentando que só queria mesmo prazer, satisfazer a excitação física. Mas se fosse só pelo prazer físico, o outro seria até dispensável, a masturbação bastaria. Mais correto é pensar que essa pessoa procurou outra para sentir, nem que fosse por breves momentos, que tinha significado para alguém. Tanto isso é verdade que nem uma prostituta vai direto ao ato sexual. Ela faz o possível para que o sujeito que a procura passe a sentir-se desejado e viril. Porque, de alguma forma, ela sabe que aquele indivíduo não busca só satisfação física.
Quando o sentimento de solidão ameaça torna-se aniquilador, quando se transforma numa sensação que aprisiona o coração e a alma, o remédio é ir intensamente encontrar pessoas e situações, mergulhar por inteiro num novo projeto, numa empreitada. Pode ser desde pintar um quadro a assumir uma atuação política duradoura. É preciso sair, de alguma forma, de si.
É bom ter sempre claro que solidão (ser só) é diferente de isolamento (estar só). Mas situações de isolamento social podem contribuir para tornar penosa a sensação de ser só. Se nos encontramos numa cidade onde não conhecemos ninguém a não ser o garçom do restaurante ou o cobrador do ônibus, ficamos sem contatos sociais. Aí, pode ser mesmo muito forte a consciência de ser só. Exemplos de sofrimento pelo isolamento social podem estar ao nosso lado e passar despercebidos. Como o da empregada doméstica, proibida de freqüentar o ambiente social da própria casa onde mora.
As várias saídas de si mesmo mostram ao indivíduo que ele não é apenas um ser com sofrimentos, mas também com significado. É o sentido da própria existência que se procura quando se quer chegar a uma realização cada vez maior, quando se quer crescer afetivamente e emocionalmente, contrapondo esses ganhos aos sofrimentos que a vida traz. E nessa busca não há receitas nem modelos bons para todos. Até porque a saída muda em cada fase da vida. Quando um adolescente anda por aí fazendo um enorme barulho com a sua moto, está dizendo: “vejam, eu existo, tenho um significado”. Mas essa significação será muito diferente para o empresário que já tem dez empresas e luta para chegar às vinte ou para o político cuja meta é ser presidente da República.
É isso que esse sofrimento inerente ao ser humano tem de positivo. Ele é a mola que nos impulsiona no rumo de outras possibilidades e realizações, ou da construção de novas saídas e alternativas que gerem transformações, não só pessoais, como no mundo.
Não é desprezível o fato de um número cada vez maior de pessoas se queixar da solidão. Pelo menos em parte, deve ser devido ao empobrecimento pelo qual passam as relações interpessoais, talvez pelas condições da própria vida moderna, que aglomera indivíduos sem a menor afinidade entre si. Ao mesmo tempo, o crescimento da tecnologia não trabalha exatamente a favor de relações. Nas cidades do interior, toda a gente ainda se conhece. Nas grandes cidades, quem mora num prédio não sabe quem são os vizinhos de porta; cada um conserva-se insensível às alegrias e ao sofrimento do outro. Cada um se fecha em seu próprio sofrimento e ali fica. Com isso, alimenta-se a sensação de que todos estão ótimos, só eu é que sofro.
E se vamos ao encontro do sofrimento do outro e ele bate com a porta na minha cara, me rejeita? Parece que ninguém quer nada com ninguém. Essa aparente hostilidade pode ser o estímulo para fazer alguma coisa a favor da transformação das relações, de maneira a quebrar as barreiras da solidão. O que pode ser um ótimo começo para quem dá a sua contribuição pessoal ao mundo e, assim, faz com que a sua própria vida ganhe um sentido maior.

" diz-se das contracções próprias das fibras musculares do estômago e do intestino, para impelirem, até à expulsão, as substâncias não assimiladas pelo organismo "

.

aparelho
embalagem
embalagem plasticas
embalagens
emporium perfume
greg norman
guest inn norman
homem
humor
ingredients in perfume
movimentos
norman guitar
norman rockwell
norman strobe
perfume
perfume cream
perfume ingredients
perfume tester
perfume testers
shampoo perfume
super 8 motel norman
vidro